A ciência e cada religião existente explicam o conceito de vida de maneira diferente, o que não significa que alguma delas esteja totalmente certa ou totalmente errada. A verdade existe para cada uma de acordo com a capacidade tecnológica e intelectual momentânea, do paradigma pelo qual se observa algo e da cultura e conhecimentos prévios que se possui.
Ciência (Ciências Naturais e Biologia)
Segundo as ciências da vida, seres vivos são aqueles dotados de membrana celular (célula) e metabolismo. A evolução não é linear e o homem não é o fim de todas as espécies. Para a ciência (o que se pode provar), não há diferença no conceito de vida em uma planta, em um peixe, em um gato ou em um ser humano. Vida é vida. Tudo o que é vivo pode ser didaticamente organizado nos reinos monera, fungi, vegetal e animal. Alguns cientistas (minoria) defendem considerar vida também os vírus, príons, algumas outras proteínas e o DNA.
Filosofia
Para filósofos como M. S. Cortella, a filosofia concorda com a ciência e lembra que “somos parte do planeta e não seus donos. Nós o dividimos com outras espécies. É nossa responsabilidade preservá-lo”.
Espiritismo
Na doutrina espírita kardecista, vida é um princípio vital capaz de evoluir seguindo um caminho linear que leva a Deus. Ela começa rudimentar e vai sendo lapidada. Este princípio vital existe em seres inorgânicos (átomos, moléculas, água, cristais ...), em seres em transição (que possuem material genético ou orgânico, mas não possuem a capacidade de se reproduzir fora de outros seres vivos (vírus, príons, proteínas ...) e em seres celulares (o que a ciência considera como vida). Ainda é considerada viva a alma e o espírito após a morte física, os seres angelicais elementais (entre outros) e Deus.
O kardecismo lembra que tudo o que é vivo é filho de Deus e evolui, possui sentimentos e têm direito à vida. A consciência, compreensão e livre arbítrio são diferentes em cada um.
Defende que o homem já evoluiu como ser inorgânico, em transição, celular (nos reinos monera, fungi, vegetal, animal) e tende a evoluir para o reino angelical.
Animais possuem alma e consciência – diferente nos diferentes grupos de espécies. Acredita-se que animais como insetos e peixes possuam alma grupo (uma forma de consciência única para a qual o princípio vital de cada animal volta quando ele desencarna. Esta alma evolui como um todo); e que aves e mamíferos possuam alma individualizada, tal como os humanos.
Segundo o espiritismo, espíritos humanos não reencarnam em animais, nem nos reinos pelos quais já passaram, mas podem ter aparência animalesca, segundo seu nível de consciência e, especialmente, de culpa e autopunição. Isso pode ocorrer em vida (por doenças genéticas ou adquiridas) ou após a morte; mas eles não se tornam animais.
Há animais no umbral semelhantes aos urubus, abutres, bactérias e fungos aqui do planeta Terra, eles não estão lá sofrendo, mas alimentando-se de energias densas, limpando um pouco aquele ambiente.
Realiza-se passes energéticos também para harmonização e cura em animais. Nos lares, animais e plantas funcionam como para-raios de energias negativas, absorvendo-as e transmutando-as sempre que possível.
Budismo e hinduísmo
Tais crenças defendem que vida é um princípio vital que evolui de maneira não necessariamente linear. Acreditam que humanos possam encarnar como animais dependendo de seu “comportamento” em cada vida e voltar a encarnar como humanos, também dependendo de tal “comportamento”.
O hinduísmo considera que deuses possam se manifestar como seres humanos, animais e conjuntos inorgânicos como, por exemplo, o rio Ganges.
O budismo defende haver seis reinos de seres vivos, os: celestial, de semideuses, humano, animal, de espíritos famintos e de seres infernais.
Catolicismo
A religião católica considera a alma humana e a dos animais, que sobrevive à morte do corpo; os seres angelicais; santos e Deus.
Infelizmente, muitos cristãos preferem o que está traduzido em livros antigos do que pensar racionalmente e aceitar a evolução dos conhecimentos. No entendo, cristãos mais bem informados, divulgam ideias mais adequadas.
Em Gênesis 1:28, por exemplo, a frase “Deus deu ao homem domínios sobre os animais” está mal traduzida, pois pode ser interpretada como que os animais existem para nos servir. Não é nada disso! Na verdade, o trecho significa que: como seres com grande capacidade de ação e de destruição, nós, homens, somos influentes na vida dos animais, por isso, devemos protegê-los.
Ainda, segundo as escrituras sagradas, em Gênesis 1:28, Deus pede tratamento humanitário aos animais, e em seguida sugere uma dieta vegetariana: “eu dei a vocês todas as plantas que dão sementes e que estão sobre a superfície da terra e toda árvore com frutos que deem sementes; vocês os terão para seu alimento”.
É tido, no catolicismo, o Santo São Francisco de Assis (o padroeiro dos animais), segundo o qual “Todos os seres da criação são filhos do Pai e irmãos do homem (...). Deus quer que auxiliemos aos animais, se necessitarem de ajuda. Toda criatura em desamparo tem o mesmo direito à proteção”.
No dia 04 de outubro é comemorado o Dia de São Francisco de Assis; neste dia, é realizada a Missa Ecológica, na qual os animais são abençoados. Segundo o Frei Gilmar José da Silva, da Ordem Franciscana, os animais podem ser levados às paróquias da ordem em qualquer dia, pois há uma oração específica para eles.
Segundo Marcel Benedeti (veterinário e escritor kardecista), sempre que uma prece é feita à São Francisco, mesmo que está não seja relacionada a animais, é gerada uma energia boa e curadora que se espalha pelo planeta sendo dividida entre todos os animais existentes!
Islamismo
O islamismo considera o homem como o centro de tudo – como a vida que é semelhante ao divino, mas considera que os animais também sejam seres vivos e portadores de sentimentos. Por este motivo, podem servir de alimento e auxílio ao homem, mas devem ser tratados com respeito e sua dor, sempre que possível, deve ser minimizada.
O Alcorão cita o profeta Maomé dizendo: "Uma boa ação feita a um animal é tão meritória quanto uma boa ação feita a um ser humano, enquanto um ato de crueldade a um animal é tão ruim quanto um ato de crueldade para um ser humano”. Maomé classificou como "um grande pecado para um homem aprisionar os animais que estão em seu poder", proibiu todas as brigas de animais e o comércio de peles de animais. O imã islâmico aposentado Al-Hafiz Basheer Ahmad Masri, perito em ensinos islâmicos sobre animais, defende que qualquer interferência no corpo de um animal vivo que cause dor ou deformação contraria os princípios islâmicos!
Evangélicos
Seguidores das religiões evangélicas (não são todas iguais) consideram vida: seres humanos, cuja alma perdura à morte, Deus e o Demônio. Acreditam que animais e plantas são seres vivos que possuem espírito (algo que anima seus corpos orgânicos, mas que morre com eles), mas não possuem alma imortal.
Infelizmente, evangélicos mais "tradicionais" consideram o homem a imagem e semelhança de Deus e o único ser vivo portador de alma. Por esse conceito, apesar das provas lógicas, da evolução da ciência e até mesmo da razão na observação de fatos cotidianos, acreditam que animais não têm a capacidade de sentir, por isso não precisam ser poupados de sofrimentos.
Infelizmente, evangélicos mais "tradicionais" consideram o homem a imagem e semelhança de Deus e o único ser vivo portador de alma. Por esse conceito, apesar das provas lógicas, da evolução da ciência e até mesmo da razão na observação de fatos cotidianos, acreditam que animais não têm a capacidade de sentir, por isso não precisam ser poupados de sofrimentos.
Essa mesma linha de pensamento, como desculpa para não nos sentirmos mal perante a realidade e permanecermos passivos, egoístas e “sem dar trabalho” com manifestações de ideias opostas, ocorreu na época da escravidão dos negros, quando um Papa católico afirmou que negros não teriam alma! Tal Papa retirou essas palavras após a abolição oficial da escravatura e se desculpou em nome da igreja perante seus seguidores. Pelo menos eles, católicos, não cometeram novamente semelhante insulto a qualquer forma de vida.
Divulgar que animais não têm alma é, antes de mais nada, extremamente maléfico e certamente desnecessário, pois retrocede as lutas pelo bem estar animal e pela percepção de que o homem precisa cuidar melhor do planeta para que ele mesmo continue sobrevivendo, pois ele mesmo é um animal e, como os demais animais, precisa da natureza e dos outros seres vivos para sobreviver. Quem não empatia com o meio em que vive, dele não cuida.
Candomblé
Apenas - salientando: apenas - em algumas ramificações (nações) do candomblé, assim como no satanismo e na magia negra, são realizados sacrifícios de animais para oferendá-los a alguma entidade ou semelhante, para "purificar" alguém ou algum ambiente, para barganhar algo com seres extra-físicos, por prazer sádico pessoal dissimulado ou por síndromes de demonstrar poder sob outras criaturas (tão comum também em tantas outras seitas e costumes usados como desculpa para tal, inclusive nas religiões que se dizem mais "santinhas") ou para pedir o bem ou o mal de alguém.
Participantes de ritos de sacrifício em candomblé e de rituais satânicos defendem igualmente que animais estão no planeta para servirem ao homem, portanto o homem não seria um animal... Ou seja: exatamente o que evangélicos defendem no quesito "alma dos animais"... Que engraçada semelhança de grupos que se dizem tão distantes...
Participantes de ritos de sacrifício em candomblé e de rituais satânicos defendem igualmente que animais estão no planeta para servirem ao homem, portanto o homem não seria um animal... Ou seja: exatamente o que evangélicos defendem no quesito "alma dos animais"... Que engraçada semelhança de grupos que se dizem tão distantes...
Fato: Um garoto de 11 anos matava gatos para se divertir fora dos rituais religiosos, até matar Maicon Rodrigues dos Santos (um outro garoto, de seis anos), crime pelo qual ficou à disposição da justiça. A polícia local acredita que a matança possa ter se devido ao fato da criança participar de rituais de sacrifícios de animais em candomblé, já que seus crimes tinham características parecidas às desses ritos. (a matéria foi publicada no Jornal Zero Hora - Edição nº 14163 - Porto Alegre, em 01 de junho de 2004).
Umbanda
A Umbanda crê a vida como um mistério capas de evoluir presente em tudo o que é vivo: plantas, fungos, animais, outros seres unicelulares, ovoides, elementais, entre outros diversos (independentemente de corpo físico "encarnado"). Todos os portadores de vida são possuidores desse mistério e estão sujeitos a uma Lei ou ordem maior (Lei e Justiça Divinas) que rege todas as coisas.
A verdadeira Umbanda não aceita, nem realiza, sacrifícios de animais e ainda pode realizar rituais de cura e harmonização para eles como passes espirituais (mais comuns à distância). A contradição aparece quando alguns terreiros ainda exigem partes animais compradas em açougue em oferendas, mas isso tem sido repensado nos locais mais abertos.
Há rituais de culto a locais da natureza (os chamados pontos de força) e a seus guardiões, orixás, guias, elementais e o que estiver nele presente. Nesses rituais, os médiuns acreditam receber algo em troca, como saúde, curas e outras coisas boas.
O grande aspecto ruim é quando certos grupos ainda retrógrados, na intensão de homenagear as forças de um ponto da natureza, deixam nesse local um monte de coisas não biodegradáveis, tal como barquinhos de isopor, plásticos e latinhas, acabando por poluir a natureza e levar a morte de animais (no mar, muitos animais ingerem esses materiais e acabam sufocados ou ficam presos neles). Aqui cabe conscientização. Não se trata de preconceito, mas de evolução. Toda cultura, mesmo religiosa, pode e precisa evoluir.
Por fim, a Umbanda considera as plantas, os cristais, a água, a terra, o ar e o fogo seres dignos de louvação e respeito, bem como seres curativos, que curam os animais e os humanos de enfermidades físicas, espirituais, mentais, emocionais, entre outras.
Obs.: As "Magia Divina" e "Apometria" são como disciplinas ou vertentes que ainda não constituem uma religião em si, e não estão ligadas, necessariamente, a nenhuma delas. O conceito de vida, aqui, é extremamente ampliado, sendo considerados vivos tudo já citado como vida e também níveis de consciência, seres em universos paralelos, vida extra-terrestre (ainda que não humana, não vegetal, não animal e nem de nenhum dos grupos conhecidos no planeta Terra) e outros seres desconhecidos pela ciência. O importante é que ambas tratam com respeito todos os seres vivos e não vivos e defendem que tudo o que é vivo faz parte de um todo e pode evoluir.
A verdadeira Umbanda não aceita, nem realiza, sacrifícios de animais e ainda pode realizar rituais de cura e harmonização para eles como passes espirituais (mais comuns à distância). A contradição aparece quando alguns terreiros ainda exigem partes animais compradas em açougue em oferendas, mas isso tem sido repensado nos locais mais abertos.
Há rituais de culto a locais da natureza (os chamados pontos de força) e a seus guardiões, orixás, guias, elementais e o que estiver nele presente. Nesses rituais, os médiuns acreditam receber algo em troca, como saúde, curas e outras coisas boas.
O grande aspecto ruim é quando certos grupos ainda retrógrados, na intensão de homenagear as forças de um ponto da natureza, deixam nesse local um monte de coisas não biodegradáveis, tal como barquinhos de isopor, plásticos e latinhas, acabando por poluir a natureza e levar a morte de animais (no mar, muitos animais ingerem esses materiais e acabam sufocados ou ficam presos neles). Aqui cabe conscientização. Não se trata de preconceito, mas de evolução. Toda cultura, mesmo religiosa, pode e precisa evoluir.
Por fim, a Umbanda considera as plantas, os cristais, a água, a terra, o ar e o fogo seres dignos de louvação e respeito, bem como seres curativos, que curam os animais e os humanos de enfermidades físicas, espirituais, mentais, emocionais, entre outras.
Obs.: As "Magia Divina" e "Apometria" são como disciplinas ou vertentes que ainda não constituem uma religião em si, e não estão ligadas, necessariamente, a nenhuma delas. O conceito de vida, aqui, é extremamente ampliado, sendo considerados vivos tudo já citado como vida e também níveis de consciência, seres em universos paralelos, vida extra-terrestre (ainda que não humana, não vegetal, não animal e nem de nenhum dos grupos conhecidos no planeta Terra) e outros seres desconhecidos pela ciência. O importante é que ambas tratam com respeito todos os seres vivos e não vivos e defendem que tudo o que é vivo faz parte de um todo e pode evoluir.
IMPORTANTE
Todas as religiões têm algo de positivo, bem como aspectos negativos; afinal, são frutos de fatos históricos, criatividade, culturas, neuroses e/ou estudos do homem. As pessoas que seguem determinada religião não seguem necessariamente todos os preceitos dela.
Esse texto não visa promover nenhum tipo de preconceito, mas pode conter críticas construtivas.
Esse texto não visa promover nenhum tipo de preconceito, mas pode conter críticas construtivas.
Considerando a ciência modificável com a evolução e, especialmente, a tecnológica, somente é possível afirmar que uma verdade absoluta ainda não foi descoberta.
É inteligente avaliar as diversas versões, especialmente a científica, antes de formar ou não uma opinião.
O mais importante é visar ao bem de tudo o que é vivo, independentemente do que se acredita.
O que está certo? Nada? Talvez tudo... O universo é tão vasto que é mais fácil considerar muitas hipóteses do que negar alguma. Sinta, pense. Respeite.
❤
É inteligente avaliar as diversas versões, especialmente a científica, antes de formar ou não uma opinião.
O mais importante é visar ao bem de tudo o que é vivo, independentemente do que se acredita.
O que está certo? Nada? Talvez tudo... O universo é tão vasto que é mais fácil considerar muitas hipóteses do que negar alguma. Sinta, pense. Respeite.
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