Após a publicação da perda
do coelhinho de pelúcia da filha, no perfil social do Metrô De São Paulo, o pai
de Júlia Hanashiro ganhou uma super ajuda para a busca: o metrô elaborou e
espalhou cartazes como o seguinte:
Bela atitude!
Com ela, transparece à
garota que:
- Os sentimentos dela importam
ao seu pai (e os das crianças, importam a muitas pessoas, mesmo às desconhecidas);
- Deve-se fazer algo
pelo que importa e por quem importa;
- Podemos fracassar, mas
devemos tentar.
- Sempre haverá quem nos
apóia e quem se opõe;
- Nossas atitudes têm conseqüências
no meio e nas pessoas a nossa volta;
Milhares de pessoas
compartilharam, tentaram ajudar! Algumas encararam a atitude como “mimar” a
criança. Ora, cuidar bem não é mimar!
Mimar é retirar a
oportunidade do educando lidar com a realidade e com as consequências de seus
atos na medida em que pode e deve enfrentá-las e em que seu enfrentamento é
adequado ao aprendizado (naquela idade) e proporcional ao fato por ele ocasionado.
Se a garota vive
perdendo tudo, por exemplo, pode-se deixá-la ficar sem algo relativamente
importante para que aprenda a prestar mais atenção (deixando clara, essa
intenção, através de diálogo). Mas duvido que fosse o caso. E mesmo se fosse, o
brinquedo favorito não é relativamente importante para uma criança, é muito
importante.
Mimar também é dar tudo
(coisas e atitudes) que a criança quer ou resolver todos os problemas dela sempre
(como se ela fosse incapaz disso), sem que ela compreenda que cada conquista
envolve certo trabalho, possui determinadas consequências, que nem tudo é ou
sempre será possível e que ela não é a pessoa mais importante do universo ou a
única nele.
Por exemplo: mimar é dar
a uma criança um pássaro em uma gaiola, que ela pedira, como se ela tivesse
direito de manter uma vida alheia enjaulada apenas porque quer, gosta ou acha
bonito; sem ser levada a indagar que aquela vida possui direitos que vão muito
além da mera sobrevivência.
Mimar demais não é prova
de amor, mas de insegurança. Isso não significa que não se deva evitar as
frustrações e suas causas sempre que possível e adequado, mas sim que quando
forem inevitáveis, sejam coerentemente discutidas e vivenciadas.
O fato: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/03/metro-de-sp-busca-coelho-perdido-por-menina-de-sete-anos.html
Saiba mais: vídeo sobre mimar demais, formando pequenos tiranos (Síndrome do Imperador) em:
Saiba mais: vídeo sobre mimar demais, formando pequenos tiranos (Síndrome do Imperador) em:
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