Defender a legalização da maconha não combina com Cuidar Bem

Defender a legalização da maconha tem sido moda nas campanhas de alguns partidos políticos e entre estudantes dos primeiros semestres de universidades diversas; porém, todos os seus argumentos são rejeitados quando levamos em conta o ponto de vista médico e psiquiátrico.

Médicos, psicólogos, terapeutas e pessoas que tratam de dependentes químicos em clínicas de internação raramente são a favor de legalizar drogas, pois têm conhecimento teórico e prático sobre o assunto, diferentemente dos que apenas ouvem falar.

A legalização da maconha tornaria comum e corriqueiro o uso de mais uma droga recreacional (tal como o álcool e o tabaco), que:

- prejudica em absoluto a saúde de quem fuma e de quem respira a fumaça (fumante passivo), especialmente a nível cerebral (destrói neurônios);

Aquela história de "conheço um cara que fuma maconha e ele é super inteligente..." é furada. A pessoa, sob efeito da droga, por ficar mais desinibida, pode apresentar maior fluência de pensamentos; e, fora de seu efeito, pode ser inteligente porque já é assim, mas certamente seria mais inteligente ainda se não consumisse algo que matasse continuamente seus neurônios. Óbvio, não?

- vicia, causando dependência (e não demorariam a aparecer propagandas de maconha, semelhantes às de álcool);

Uma pessoa viciada pode fazer de tudo para alimentar seu vício e pode ser muito violenta no período amotivacional (antes de consumir a droga), mesmo em se tratando de maconha.

- pode causar despersonalização, levando a atitudes que não se teria sóbrio;

- pode despertar doenças às quais o indivíduo tem predisposição, mas que poderiam nunca aparecer. As mais comuns são: esquizofrenia, transtorno de personalidades paranoica e doenças neurodegenerativas.

- pode causar confusão cerebral, o que leva a um aumento no índice de acidentes de trânsito e domésticos, de ocorrência de gravidez indesejada, de contração e transmissão de doenças.

O abuso da droga lícita “álcool” geralmente pode causar aumento da violência individual superior ao que o uso da maconha provoca. Mesmo assim, a liberação da maconha não iria levar à redução do nível de violência, pois o as bebidas alcoólicas não se tornariam menos consumidas por conseqüência disso; mas, sim, tal liberação levaria a um aumento total do índice de violência urbana, pois mais um gerador de violência seria legalizado, o que faria com que sua freqüência de uso aumentasse muito, como ocorreu em todos os países em que essa droga foi legalizada. A questão não é se maconha é melhor que álcool, mas que maconha não vai substituir o álcool.

É interessante lembrar o que consumo de álcool é incentivado, infelizmente, devido aos grandes lucros pelos quais é responsável e à ideologia doente da população (de acreditar erroneamente que sem álcool não há descontração). Tal ideologia é incentivada por aqueles que lucram com o comércio destas bebidas há anos.

O índice de acidentes automobilísticos, com a liberação da maconha, aumentaria; pois assim como pessoas usam o que é legalizado (álcool) e dirigem (apesar das campanhas contra tal ato), muitas também usariam maconha e dirigiriam (mais ainda que hoje em dia, pois o número de usuários aumentaria).

Não podemos acreditar que a população é madura o suficiente para decidir sobre a própria saúde e o bem estar alheio. É exemplo a quantidade de pessoas que ainda dirige embriagada. É exemplo também o fato de ter que haver lei até mesmo para que as pessoas usem cinto de segurança, preservativo, vacinas (...) ou seja, para que protejam a própria vida.

A legalização da maconha não levaria à redução do tráfico de drogas, mas sim a um aumento, pois a “erva” conseguida a preços mais acessíveis de maneira ilícita continuaria e ser vendida, e em maior quantidade, pois seu porte não teria conseqüências legais como atualmente.

O “radical e divertido” dos jovens seria então experimentar logo cocaína ou outra droga ainda mais prejudicial, já que a maconha não teria mais aquele “glamour” do proibido. Não haveria diminuição do consumo de outras drogas exatamente por esse motivo. Haveria, sim, seu aumento!

A ideia ridícula da “erva natural não pode te prejudicar” é fruto de muita, muita ignorância. A planta conhecida como “comigo-ninguém-pode" (Dieffenbachia picta) é natural e seu consumo leva à morte! Venenos de cobras também é natural, nem por isso são fumados...

Se você deseja um mundo ainda mais violento, aumento nos índices de acidentes envolvendo inocentes, aumento no uso de drogas ilícitas mais danosas que a maconha, aumento do risco de ter um viciado na família, aumento da taxa de nascimento de filhos indesejados, aumento dos índices de transmissão de doenças, entre outros malefícios que mais uma droga legalizada causa a troco de um simples “prazer” momentâneo ou para participar de um grupinho, você luta pela legalização do uso de tal produto. Em caso contrário, luta contra!
























Saiba mais:

Assista ao episódio sobre maconha na Série do hedonismo à adicção: as drogas no mundo contemporâneo, da CPFL Cultura, ministrada por médico que realmente entende do assunto.

Uma pessoa pode ser capaz de fumar maconha com moderação, sem roubar ou matar para conseguir dinheiro para comprar a droga, sem ser “dominada” pelo vício por ser orgânica e psicologicamente mais resistente ou mais “organizada”, mas isso não acontece com todos. Há aqueles que serão tragados pelo vício, terão a saúde e a vida como um todo, destruída pelo vício.

Hipocrisia e burrice achar que maconha é bom

... A corrupção e inoperância do Estado, que deixou o mal crescer, podem vir a unir representantes dos governos e traficantes, visando sempre o lucro.

Falar á favor da legalização da maconha é estupidez


6 comentários:

  1. Se for legalizada, o governo ira querer o imposto sobre o ´´produto´´, onde com plena convecçao falo que os traficantes, iram adentrar com mais força nesse mercado lucrativo, onde as empresas colocariam a policia contra o trafico de alguma forma, ou seja, as unicas pessoas que lucrariam com isto seriam as empresas e o governo faturando montantes estrondosos, com impostos e lucros incessantes

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  2. Genial o seu texto. Também sou absolutamente contra a legalização. Tem muita gente ignorante que ainda não está preparada para este tipo de evolução. Estamos muito longe de uma sociedade útopica onde a maconha legalizada geraria uma população mais tranquila. Parabéns pelo texto.

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  3. por favor gostaria de saber do dono do blog qual a fonte de todas essas informações, é que ainda não tenho opinião formada sobre este tão complexo assunto, respeito a opinião de todos pois quero que respeitem a minha, não sou nenhum especialista no assunto mas percebo que quando acesso sites que defendem a legalização colocam a fonte de suas informações com depoimentos de muitos médicos e cientistas renomados, ao contrário dos blogs e sites anti-legalização. sem contar que a legalização da cannábis não envolve somente o ato de fumar, mas a plantação da mesma para a fabricação dos mais diversos tipos da dinamite ao celofane. e sobre essa estória de que cobraram imposto sobre a maconha e comerciais e tal, no meio do tijolinho de maconha vem sempre sementes é so por pra germinar e o usuário terá maconha e um remédio que cientificamente que age no tratamento de 200 tipos de doenças distintas, como esclerose múltipla, e no tratamento para aumentar o apetite de pacientes de tratamento quimioterápico segundo o documentário "o sindicato o negócio por trás do barato" disponível no youtube.

    assistam é muito interessante. o documentário aborda toda a história da cannábis acho importante antes de tomarmos partido de um lado sejamos imparciais em nosso ponto de vista, nesse documentário verão gente renomada desmentindo muita coisa dita aqui que se baseiam no bom e velho achismo não deixem que nos vendem nossos olhos.

    se a maconha é tão ruim assim porque não encontro registros de mortes relacionadas a elas, nem se quer ela é apontada como causa de acidentes de transito, mas uma coisa é certa os governates deveriam deixar o povo escolher através de um plebiscito - Assim como o do desarmamento - mostrando em campanhas especialistas debatendo e mostrando ao povo seus argumentos ao invés de continuar como está: sem solução alguma, e por quanto tempo ainda?

    sugestão ao dono do blog: para dar mais credibilidade ao blog deves pôr alguma fonte ou citar alguém ao invés de tirá-las da cartola.

    abraço a todos.

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  4. As fontes estão no corpo do texto como os links apontados ao final (basta clicar neles, aparecerão textos e referências), uma delas é uma ONG com profissionais com experiência não só teórica, mas também prática e exatamente relacionada ao que abordam. Quase a totalidade do texto foi compilada a partir destas que citamos. Observações adicionais e escolha de fontes mais subjetivas são de nossa responsabilidade devido a embasamento teórico (de psicóloga e bióloga) e um pouco de prática e de opinião pessoal de um amigo policial militar.

    Aproveito que você ainda não está posicionado sobre o assunto, sugiro continuar sua busca por informações e sempre questionar o que ouve por aí até chegar a uma opinião própria e saudável.

    Por hora, o melhor é não financiar o tráfico, nem a violência.

    Verdade, ouvir o que o público deseja por meio de votação é questão de democracia. Só vamos torcer para que, como você, os demais também reconheçam a importância de seus votos e estudem antes de omitir opiniões.

    Agradecemos sua atenção e leitura. Abraços!

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  5. O seguinte vídeo trata sobre cocaína, mas não somente ela tem o efeito demonstrado...
    http://www.youtube.com/watch?v=VMD9mvg2lEQ&feature=related

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  6. DESCRIMINALIZAR MACONHA NÃO AFETA TRÁFICO, DIZ ESPECIALISTA DO GOVERNO DOS EUA
    O ESTADO DE S. PAULO - 23 Agosto 2014 - 17h03 - http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,descriminalizar-maconha-nao-afeta-trafico-diz-especialista-do-governo-dos-eua,1548517

    Liberação da venda legal poderia gerar indústria milionária, com foco no público jovem e impactos na saúde pública, segundo Kevin Sabet.
    Descriminalizar a maconha não acabaria com o tráfico, aumentaria o número de usuários e criaria uma indústria milionária com foco nos consumidores jovens, como a do tabaco. A opinião é do sociólogo Kevin Sabet, especialista do Escritório de Política Nacional de Controle às Drogas do governo dos Estados Unidos. Sabet, que trabalhou para os governos de Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, apresentou em São Paulo neste sábado, 23, a palestra “Impacto da Legalização das Drogas”.
    O evento, realizado no Palácio dos Bandeirantes, foi organizado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), presidida pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira. Coordenador do Programa Recomeço, iniciativa do governo paulista para o combate ao crack, Laranjeira é conhecido pela oposição radical à descriminalização das drogas.
    Segundo Sabet, a maconha tem efeitos nocivos à saúde que são mal compreendidos pela sociedade porque demoram a se manifestar. "Outro fator que afasta do público o conhecimento que a ciência tem sobre os efeitos deletérios da maconha é uma campanha milionária financiada por lobistas que estão interessados na legalização", disse. De acordo com ele, a legalizar a venda não iria destruir o tráfico. "Os traficantes continuariam vendendo mais barato", afirmou.
    O sociólogo afirmou que a liberação da maconha faria explodir o número de usuários. "Uma droga legal como o tabaco é usada por 16% da população no Brasil e 25% nos Estados Unidos. Quando uma droga é normalizada, mais pessoas usam. Será que queremos legalizar uma substância como a maconha que hoje é utilizada só por 2% dos brasileiros e 8% dos norte-americanos", questionou. "Quando uma droga é legalizada, ela se torna cultuada pelos jovens como uma porta de entrada na vida adulta, como acontece com o cigarro e o álcool", declarou Sabet.
    De acordo com Sabet, a liberação da venda legal da maconha no estado do Colorado gerou uma indústria milionária que se dedica à promoção do vício. "As empresas do lobby pró-maconha só estão preocupadas com dinheiro. Eles querem legalizar para faturar. Como a indústria do álcool e do tabaco, essas empresas não vão faturar com o usuário casual. Elas querem incentivar o uso pesado", afirmou. Segundo ele, nos Estados Unidos, 80% da bebida alcoólica vendida é consumida por 20% dos usuários de álcool. "O melhor alvo para essa indústria são as crianças. Eles farão embalagens atraentes e utilizarão as mesmas estratégias de marketing desenvolvidas pela indústria do tabaco. No Colorado, temos uma preocupante intersecção da indústria da maconha com a bolsa de valores", disse.
    Para Sabet, o uso da maconha aumenta os níveis de dependência de uma população aos programas sociais, faz crescer o desemprego, diminui os níveis de renda e escolaridade. "O uso da maconha também é um fator de risco importante para distúrbios mentais. Isso não acontece, por exemplo, com o tabaco, o álcool e a cocaína" declarou. "Além disso, a maconha transgênica produzida hoje é de 10 a 20 vezes mais forte que a produzida nos anos 70. Isso leva a quadros de psicose e pânico", afirmou.
    Sabet declarou também que há indícios de que a maconha diminui o QI dos usuários. Ele citou um estudo feito com mil usuários que fumavam maconha mais de três vezes por semana da adolescência aos 38 anos. "Os resultados mostraram que eles tiveram uma redução considerável no QI, de 6 a 8 pontos. Essa é a diferença entre conseguir ou não o emprego que se quer", disse ele.

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