PERIGO: Hospitais e veterinários estelionatários!


Ao final do texto, confira Veterinários de confiança


É comum ouvirmos alguém dizer que seu bichinho de estimação ficou doente e isso o fez gastar horrores com veterinário. Mas será que todo o gasto foi realmente necessário? Com certeza, nem sempre!

Muitos veterinários que trabalham em hospitais são “obrigados” a bater metas para continuar trabalhando naquele local. Por exemplo: não deixar a internação vazia ou internar ao menos 10 animais por semana; fazer x exames de cada tipo; entre outros. Algumas dessas pessoas são excelentes conhecedores da medicina veterinária, mas realmente acreditam merecer lucrar a qualquer custo, argumentando terem gastado muito tempo e dinheiro em cursos.

Claro que é justo lucrar, mas não quando para isso passa-se por cima de sua razão de ser que é zelar pela vida e pela saúde.

Quando exames são feitos é gerado um estresse enorme na grande maioria dos animais. Diversos exames precisam de sedação; alguns causam dor; outros não podem ser realizados quando há inflamação no órgão alvo, mas alguns veterinários ignoram isso. 

A internação gera estresses imensos, especialmente em gatos (alguns chegam a gerar cristais no sistema urinário, não comem e podem até morrer – isso estando plenamente saudáveis! Reações intensas e exageradas devido à medo e alterações da rotina são comuns em quase todos os gatos). E o risco de infecção hospitalar é completamente negligenciado numa internação desnecessária.

E, aos donos, omite-se muito. A pessoa que está levando um animal em um hospital desconhecido, pelo fato dele ser 24 horas (não ao veterinário de confiança costumeiro), já está emocionalmente abalada. Não tem conhecimentos em veterinária e certamente está sugestionável por completa boa vontade, claro. Profissionais menos éticos aproveitam essa situação para amedrontá-la com a possibilidade (que sabem ser praticamente nula) de algo de pior acontecer se ela não autorizar "n" exames e internação.

Muitas vezes, porém, os exames são necessários,  mesmo aqueles que são mais invasivos (é como em nós), pois não é possível avaliar determinados órgãos ou certos detalhes importantes por outro meio. Por isso, é fundamental que o médico veterinário decida com cautela e sabedoria qual o melhor exame para cada situação, para que não haja estresse desnecessário, riscos que não valem à pena e gastos abusivos. Internações têm sua importância também, mas só valem a pena se forem mesmo necessárias. Na dúvida, é sempre bom buscar uma segunda opinião. 

Sobre os exames de rotina, claro que é interessante realizar inúmeros e diferenciados para conhecermos os detalhes de nosso animalzinho; mas há momento, possibilidade e disponibilidade ideal para isso. Um cão de rua recém-atropelado é levado às pressas, de madrugada, a um hospital veterinário. Checar todos os níveis de micronutrientes em seu sangue não é uma prioridade!

Presenciei o caso acima em 2017: Com o cão no local, trazido pelo homem que presenciou o atropelante fugir, pediram tantos exames que a conta passava dos R$ 3500,00 antes mesmo de tocarem o animal.

Já, a uma clínica de confiança minha, eu mesma levei diversos animais vítimas de fraturas múltiplas e primeiro os examinaram, palparam, auscultaram vários órgãos, prescreveram medicamentos para dor, aguardaram para ver se xixi e fezes estavam normais, ainda sem internar. Caso necessário, solicitavam exames de órgãos específicos, mas nem sempre e não dos animais que já estavam em estado muito crítico e que não haveria motivos, além de sadismo e ganância, para manter vivendo mais algumas horas ou dias apenas para agonizar.

Agora, esse homem, que chegou de carro popular e riscado, por pura boa vontade, e estava fazendo contas com cara de preocupadíssimo... Será que ao presenciar outro cão ser atropelado parará para resgatar novamente? Ou tirará foto e postará nas redes sociais jogando nas costas de outro? Ou não fará nada? Ou fará, mas nem sempre, pois financeiramente não é possível?

E as pessoas que já foram a hospitais veterinários e passaram o maior aperto para, depois, ainda ficarem com a pulga atrás da orelha pensando se aquilo tudo foi mesmo necessário – E nunca conheceram veterinários de confiança – Será que voltarão a levar seu pet às emergências quando um comportamento estiver alterado? Ou perguntarão a amigos; ou pior: jogarão nas redes sociais perguntas sobre o que fazer?

Olhem o tamanho do problema até então! Tudo isso por egoísmo e falta de ética de alguns.


Alguns casos

No início deste ano (2018), uma vizinha minha insistiu para eu medicar o gato dela que aparentava estar liberando cristais da bexiga. Não sou veterinária, mas bióloga. Sei o que provavelmente seria necessário, mas seria bem melhor ela ir a uma profissional da área, com cursos e experiências. Afinal, meu diagnóstico e tratamento não seria baseado numa faculdade de medicina veterinária, mas apenas em experiências de alguns resgates. Liguei a minha veterinária de confiança e ela disse que não poderia diagnosticar direito sem examinar corretamente o gato. Foi difícil convencer minha vizinha da necessidade de ir até a veterinária (esta que indiquei), mas ela foi.

Ao voltar, a vizinha admitiu para mim que estava receosa de gastar mais em torno de R$700,00 com isso, já que todas as vezes que foi a veterinários, nunca gastou menos. Só que dessa vez ela gastou R$ 150,00 entre consultas, medicamentos e uma explicação muito confiável sobre o ocorrido.

Em 2018 - Uma gatinha que doei no início desse ano foi picada na pata dianteira por uma abelha no início da noite. Sua dona me ligou dizendo que já tirara o ferrão e perguntado se precisava levar a gata a um veterinário urgentemente ou podia aguardar até a manhã.

Falei para ela observar, especialmente na primeira uma hora, sinais como salivação maior que o comum, falta de ar, inchaço na face e qualquer dificuldade de respirar. Se isso ocorresse, era melhor medicá-la e a urgência em medicar dependeria da intensidade dos sintomas; daí, caso observasse isso, deveria levá-la imediatamente a um hospital 24h, do contrário não, pois “seria assaltada”(e expliquei).

Por não estar conseguindo dormir de ansiedade, mesmo com a gata se comportando como se nada tivesse acontecido, a adotante a levou a um hospital 24h. Lá disseram que a gata precisava ficar em observação, pois poderia entrar em choque e morrer... E a medicariam com corticoide e anti-histamínico. A internação seria até de manhã e tudo sairia R$ 750,00. Nessa hora ela me ligou de novo explicando e perguntando se deveria internar. Falei com toda certeza que não, ainda mais já tendo tomado corticoide ou anti-histamínico e já tendo se passado várias horas sem sintomas.

Em 2003 – Levei um cachorrinho extremamente desnutrido (abandonado para morrer de fome numa casa vazia e à venda), recém-resgatado, a um hospital que achava ser confiável. Na época, ainda não tinha meus veterinários de confiança. Ao chegar e dizer que o adotaria, vacinaram-no e o marcaram sua castração. No dia seguinte, voltei com ele, pois a comida não parava em seu estômago. Receitaram vermífugo e algo que chamaram de hemoprotetor. O cão continuava pele e osso e nada ficava em seu estômago. Levei-o, novamente, na manhã seguinte, e disseram-me para continuar tentando. No quarto dia ele havia morrido pela desnutrição. E em nenhum momento se preocuparam em o alimentar via sonda, entrar com fluidoterapia com vitaminas, nada. Até eu, super leiga, na época, estranhei tudo isso.

Em 1997 – Resgatei um gatinho todo machucado. Parecia ter saído de uma briga com um cachorro. No primeiro dia de veterinário já o internaram para castrar e amputar a calda, já necrosada em partes. Nada de esperar que ficasse um pouco forte. E não o examinaram! Retornei três dias depois para verem a cicatrização, que estava ok, e falando que o gato respirava meio “afogado” e ronronava alto demais. Não o auscultaram de novo! Apenas disseram que ele parecia normal, só era muito nervoso... No nono dia, o gato amanheceu morto. O diagnóstico foi excesso de água no pulmão, causando insuficiência respiratória. Algo que até um estagiário teria notado SE O TIVESSE EXAMINADO decentemente. Mas eles quiseram até fazer cirurgia, internaram-no por uma noite e ninguém notou isso.



Como julgar

Não é receita de bolo, mas há alguns pontos interessantes de se observar:

Ruins: se o local é poucas vezes higienizado; se os preços são exorbitantes; se o preço das castrações, em especial, é mais alto que o frequente; se o veterinário parece ter nojo dos animais e evita tocá-los, chegar perto demais ou cheirá-los; se o pessoal se preocupa mais com aparência e frescuras (unhas perfeitas, roupas de marca, coisas de marca...) do que com os animais ou a limpeza; se o local sempre está vazio; se eu me sinto um "cifrão andando" quando estou lá; se os profissionais se incomodam com perguntas e aparentam insegurança ou se negam a explicar procedimentos e sua importância; se alimentos são cobrados à parte além das diárias de internação; se não aceitam que se leve medicamentos, obrigando você a comprá-los somente lá...

Bons: se o profissional é envolvido - como voluntário - com causas animais e socioambientais, faz vaquinhas, faz feiras de adoção, engaja-se a mostrar às pessoas a importância da adoção e da castração; se o profissional é detalhista e examina tudo, inclusive cheiros, sem nojo; se o animal é tratado com carinho; se eu me sinto bem no local.

Importante: é o veterinário em que confio, não necessariamente o "local"! 



Veterinários de confiança (não é propaganda. É dica por amor aos animais)

Minhas indicações

Marta Capelli, Letícia Cappelli, Gilberto Kairalla e Roberta Pacheco, da Clínica Veterinária São Bernardo – Atende em horário comercial e em horário diferenciado em finais de semana e feriados. Local: Rua José Bonifácio, 590, Centro de São Bernardo do Campo, São Paulo. Tel.: 11 4127-1839

Taís Bravos, do Barracão Pet Shop e Consultório Veterinário Local Rua José Bonifácio, 473, Centro de São Bernardo do Campo, São Paulo. Tel.: 11 2758-1816

Clarissa Klein,da Clínica veterinária Estima Animal – Atende em horário comercial e aos sábados. Av. Presidente Arthur Bernardes, 540, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, São Paulo. Tel.: 11 4317-6654


Indicações de protetores de minha confiança

Lillian Rocca (especialista em felinos), de São Paulo, atende apenas  em domicílio -Tel.: 11 9 5217-6837

Orestes e Roberta, da Clínica Veterinária Kpetinha
Local: Rua Don Joaquim de Mello, 214, Mooca, São Paulo. Tel.: 11 2604-2681

Marcelo, da Clínica Veterinária Reino Animal
Local: Av Prefeito Antônio Júlio Toledo Garcia Lopes, 137, Cerejeiras, São Paulo. Tel.: 11 4411-7655

André, da VetSul
Local: Rua Padre Anchieta, 2530, Jd. Ribamar, Peruíbe, São Paulo, tel.: 13 3453-5781


Indicações de outros amigos e do pessoal do meu Facebook 

Chang Mei Sheng Endereço: R. Dr. Rubéns Maragliano, 16 - Jardim Leonor, São Paulo - SP, 05658-030 Telefone: 11 3742-0202

Juliane, da Clínica veterinária Vila Piauí, São Paulo
Local: Av. Mutinga, 5494. Tel 3622-4590


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